Queremos sensibilizá-lo!

No âmbito da unidade Curricular Psicologia II do 2º ano da Licenciatura em Cardiopneumologia da Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra realizar-se-á um estudo denominado “Programas de Promoção de Saúde na (Pré) Obesidade.”

O objectivo principal deste blogue é sensibilizar a população em geral, apresentando a (pré) obesidade como factor propício a alterações cardio-respiratórias, apoiando-se em resultados conseguidos através de provas de intervenção da área da Cardiopneumologia: Prova de Esforço e Estudo Funcional Respiratório.

Para isso, iremos recorrer a uma população alvo constituída por seis indivíduos com idades compreendidas no intervalo [17,48] anos, de ambos os sexos. Três deles possuem um Índice de Massa Corporal (I.M.C.) considerado normal (18,5 – 24,9 kg/m2) e os outros três indivíduos um I.M.C. acima dos valores normais (≥ 25.0 kg/m2).

Este estudo irá decorrer na Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Coimbra, instituição integrante do Ensino Superior com 8 Cursos de Licenciatura, 4 de Pós-Graduação, 3 Mestrados e 976 alunos inscritos.

Nota: na parte direita do blogue poderá calcular o seu I.M.C. para saber qual o seu nível!

Obesidade Infantil

Terça-feira, 15 de Dezembro de 2009
Obesidade Infantil - Por Maria Elisa Domingues

A obesidade e a pré-obesidade nas crianças e nos adolescentes é um problema cuja dimensão tem vindo a aumentar a um ritmo assustador. De tal forma, que é hoje em Portugal a doença pediátrica mais comum, constitiuindo assim um grave problema de saúde pública.

A doença surge em crianças cada vez mais novas, às vezes ainda bebés.

Uma criança ou um adoescente com excesso de peso é mais vulnerável a outras doenças graves, como as cardiovasculares, a diabetes tipo II, a hipertensão arterial, a asma, mas também perturbações do sono e do foro psíquico, menor rendimento escolar e dificuldades de relacionamento social.

As causas da obesidade podem ser genéticas, mas só uma percentagem reduzida. O que torna as crianças demasiado gordas é o tipo de alimentação - tanto em casa, como na escola - e a falta de actividade física, a vida demasiado sedentária em frente à televisão ou ao computador.

A globalização do mercado alimentar, a publicidade, a urbanização das cidades - onde os espaços públicos são cada vez menos -, são os grandes responsáveis pela situação que absorve 4% do orçamento do Serviço Nacional de Saúde.

Por isso, estas crianças e adolescentes correm o risco, pela primeira vez em cem anos, de virem a ter uma esperança de vida inferior à dos pais. Mas são os pais, a família, as escolas, as autarquias, quem pode e deve alterar atitudes e comportamentos.

Vê por ti:
http://tv1.rtp.pt/programas-rtp/index.php?p_id=24440&e_id=&c_id=1&dif=tv
http://www.youtube.com/watch?v=Qa8unPQ1n9o&feature=fvst


Programas desenvolvidos

Todos os países procuram reduzir estes números. Realizam-se conferências, congressos, programas de promoção da saúde com o objectivo de combater esta epidemia global, que para além dos malefícios físicos, também causa problemas psicológicos inconvenientes (frustrações, infelicidade…).


Em Portugal, realizaram-se eventos como o “Second International Childhood Obesity Conference”, o “Dia Nacional da Luta contra a Obesidade” e, mais recentemente, realizar-se-á o “14º Congresso Português de Obesidade”. Quanto aos estudos realizados, o Centro de Observação Nacional para a Obesidade e Controlo do Peso (CONOCOP) realizou dois estudos em crianças e adolescentes e um estudo de prevalência em adultos.

A OMS, numa tentativa de abordagem da obesidade infantil, lançou um convite aos países da Região Europeia para integrar o primeiro Sistema Europeu de Vigilância Nutricional Infantil. Trata-se de um sistema estandardizado de vigilância, com o objectivo de preencher a lacuna existente na produção de dados de estado nutricional em crianças, comparáveis entre países europeus. Portugal é um dos países participantes. A primeira recolha de dados realizou-se no ano lectivo 2007/2008 tendo sido avaliadas, na região Norte, 1436 crianças em 56 escolas sentinela.

Quanto às escolas, o Agrupamento de Escolas Básicas do Forte da Casa desenvolveu vários programas de educação para a saúde, entre os quais se destaca um peddy-paper da alimentação, a Escola Secundária Fernando Lopes Graça, em Cascais, participou no Programa Cresço – Prevenção da Obesidade Infantil. Outro programa desenvolvido denomina-se “Programa Alimentação Saudável em Saúde Escolar” (PASSE) está estruturado de forma a cruzar os contributos da Psicologia da Saúde com os da Nutrição e com os da Saúde Pública. O grupo alvo principal são os alunos e o objectivo primordial deste programa é que os alunos desenvolvam atitudes e crenças tendentes a opções responsáveis e conscientes, nomeadamente no que se refere às escolhas alimentares.

Quanto aos centros de saúde, destacam-se as participações dos municípios de Cascais, Melgaço, Mealhada, Beja, Silves e Faro no Projecto Obesidade Zero, procurando uma intervenção junto de 1000 crianças obesas ou com problemas de peso durante a duração do Projecto. Também os Açores se juntaram a esta “causa”, através do Projecto para Prevenção e Tratamento da Obesidade Infantil desenvolvido por um período de 2 anos em todos os centros de saúde e unidades de saúde do Serviço Regional de Saúde (SRS). Por sua vez, o centro de saúde de Montemor-o-Velho levou a cabo actividades no âmbito do Dia Nacional de Luta Contra a Obesidade, tais como a Semana de Sensibilização à Prevenção e Controlo da Obesidade nas várias fases do ciclo de vida.


Mais informações:
Campanha de Prevenção
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